segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Diferença entre treino funcional e musculação tradicional

Quer ganhar mais músculo ou ter só um estilo de vida mais activo? Gostava que os seus braços deixassem de ser flácidos mas não sabe o que é melhor? Quer ganhar músculo rápido e não sabe qual é o melhor exercício para atingir os seus objetivos? Vejamos as principais diferenças entre o treino funcional e a musculação tradicional.  





Treino funcional vs musculação tradicional


O treino de musculação tradicional foca-se no desenvolvimento de músculo e no aumento de força. Este tipo de treino utiliza máquinas e pesos para estimular o ganho de massa muscular (hipertrofia), por vezes em grupos musculares isolados (como os braços, as pernas ou no abdómen).  Embora tenha sido uma grande tendência no início da década, o treino funcional está cada vez mais na moda.


Por outro lado, o treino funcional prioriza os movimentos naturais do corpo, como agachar, saltar e girar, de modo a aumentar o equilíbrio, a coordenação e a resistência. Como utilizar os movimentos naturais do corpo, trabalha vários grupos musculares ao mesmo tempo, o que cria um resultado mais harmonioso. Por vezes, o treino funcional também inclui acessorios como halteres, kettlebells ou faixas elásticas. 


Qual é o melhor treino para ganhar músculo: treino funcional ou musculação tradicional?


Se o seu objectivo é ganhar músculo, sem dúvida que a musculação tradicional é mais eficaz. A musculação é o exercício que traz resultados mais rápidos para aumentar a massa muscular e a força. O treino funcional, embora ajude a tonificar e a definir os grupos musculares, não obtém os mesmos resultados. 


Quais são os riscos do treino funcional vs. musculação tradicional?


A musculação tende a estimular alguns grupos musculares, o que pode levar a alguns desequilíbrios e a resultados menos harmoniosos. Outro risco do treino de musculação tradicional são as lesões, especialmente quando não se faz o treino de forma acompanhada por um personal trainer ou um professor de desporto.


O treino funcional, embora não seja tão eficaz para o ganho de massa muscular, é bastante mais seguro e ligeiro. Aliás, o treino funcional é apropriado em qualquer idade. Mesmo em pessoas mais velhas, melhora a funcionalidade do corpo para actividades diárias – isto é, aumenta a coordenação motora e previne lesões. 


 No entanto, vale a pena relembrar que nenhum tipo de treino é verdadeiramente eficaz se não fizer uma dieta certa. Qualquer alteração no seu estilo de vida precisa de ser acompanhada por uma dieta adequada. Por exemplo, se quer criar mais músculo, pode valer a pena aumentar a sua ingestão de proteína.


E aqui voltamos à clássica questão do que é mais importante no emagrecimento, o treino ou a dieta.


Que cuidados devo ter ao praticar musculação?


Se está decido a praticar musculação tradicional, há alguns cuidados que deve ter para prevenir lesões. Para começar, fazer o aquecimento com exercícios de baixa intensidade, como os alongamentos, é essencial. O aquecimento aumenta o fluxo sanguíneo e prepara os músculos para a sessão de treino. 


O passo seguinte é fazer uma progressão gradual da carga, de modo a que o corpo se adapte aos desafios. Não comece logo com muitos pesos nem aumente o peso de forma drástica de uma semana para a outra. Para evitar lesões, é fundamental que o aumento de carga seja gradual.


Além disso, não se esqueça de respeitar o seu corpo e os períodos de descanso. Deve descansar entre cada série de exercícios, e descansar pelo menos um dia entre os treinos. Se não respeitar estes períodos de descanso, não vai dar oportunidade ao seu corpo de recuperar e fortalecer os músculos.


Ao longo do processo, é importante ouvir o seu corpo. Se está demasiado cansado, não force mais. Se sente fome, é porque precisa de comer mais. Se os olhos estão secos, é porque está desidratado. É muito importante manter uma boa hidratação, fazer uma dieta equilibrada e ficar atento a todos os sinais do seu corpo. 


Por último, como já dissemos, a musculação só funciona se tiver uma boa técnica. Um personal trainer explica a técnica adequada para cada movimento e corrige os seus erros para evitar lesões. Clique aqui para encontrar um personal trainer em Lisboa ou descobrir o preço de um personal trainer em Lisboa.



quarta-feira, 30 de julho de 2025

O que levar na primeira consulta de nutrição?

Se nunca foi a um nutricionista, é normal ter algumas dúvidas sobre o que levar na primeira consulta de nutrição. Mas isso é bom! É bom estar bem preparado para a consulta e saber quais são os seus objetivos. Por isso, aqui ficam algumas dicas sobre o que levar na primeira consulta de nutrição.





Um diário alimentar

Uma das melhores coisas que pode levar para a primeira consulta de nutrição é um diário alimentar. É muito importante que o nutricionista perceba não só qual é a sua dieta normal, mas também os seus hábitos e os alimentos de que mais gosta. Não é preciso ser muito exaustivo, basta fazer um diário da última semana ou das duas semanas anteriores para começar a fazer uma análise.


A que horas costuma comer? O que consome nas refeições principais? Petisca muitas vezes entre refeições? Come muitos processados? Quantas peças de fruta come por dia? Este é o ponto de partida para preparar um plano alimentar que se ajuste às suas necessidades nutricionais e ao seu estilo de vida. É importante que a dieta seja algo sustentável no tempo, mesmo que seja preciso fazer concessões.  



Leve análises recentes


Se fez análises há pouco tempo, leve para a primeira consulta de nutrição. Embora o nutricionista não seja um médico, as análises ajudam a perceber se há algum défice nutricional, como falta de ferro, de vitamina D, cálcio, ácido fólico ou de outras vitaminas. O plano alimentar é personalizado e deve responder a estas necessidades nutricionais, de modo a corrigir potenciais défices de forma natural. 


No caso de fazer alguma medicação habitual, ou de já lhe terem sido prescritos suplementos nutricionais, também deve dizer ao nutricionista. Isto porque algumas medicações interagem com medicamentos – sabia, por exemplo, que a toranja interage com diversos medicamentos para a tensão arterial? Se o nutricionista não souber o que está a tomar, pode recomendar alimentos que não são adequados para si. 



Faça um diário intestinal


Costuma ter prisão de ventre, inchaço ou diarreia? Há cada vez mais pessoas que procuram consultas de nutrição por causa de problemas gastro-intestinais. Nesse caso, é importante levar outro diário à primeira consulta de nutrição. Instale uma app no seu telemóvel (por exemplo, a Bowelle) para registar o número de dejecções, a consistência (siga a escala de Bristol) e outros sintomas associados.


Ao cruzar a informação gastro-intestinal com aquilo que comeu, o nutricionista pode estabelecer um padrão entre as suas queixas e aquilo que ingere. No entanto, também pode ser necessário fazer uma dieta mais restrita sem FODMAPs e ir introduzindo alimentos pouco a pouco para perceber quais são as suas sensibilidades individuais e os seus níveis de tolerância. 


Lista de dúvidas


Costuma fazer exercício físico e não sabe o que comer antes e depois dos treinos? Está a tentar ter um estilo de vida mais saudável, mas não sabe o que escolher à hora de almoço quando está com pressa? Tem dúvidas para escolher as melhores opções no supermercado? Se tem um objectivo concreto, é importante preparar uma lista de dúvidas e levar à sua primeira consulta de nutrição.


Tente focar-se em dúvidas que surgem com frequência no seu dia a dia, pois é aquilo que fazemos no dia a dia, na nossa rotina, que é determinante. Não é por comer mousse de chocolate no seu aniversário que vai deitar tudo a perder. O que faz a diferença são as bolachas de arroz cobertas de chocolate que afinal não são assim tão saudáveis, e as saladas que a deixam com tanta fome que depois devora tudo ao jantar.



Espero que estas quatro dicas sobre o que levar na primeira consulta de nutrição vos sejam úteis! E se ainda estavam a pensar se deviam ir ou não ao nutricionista, do que estão à espera? Encontrem já nutricionistas no Porto, nutricionistas em Lisboa ou nutricionistas online para tirar todas as vossas dúvidas! O melhor dia para começar a cuidar de nós era ontem. O segundo melhor é hoje.




sexta-feira, 20 de junho de 2025

Como Reduzir Riscos de Incêndio em Zonas Rurais

Infelizmente, nenhum de nós estranha as notícias sobre incêndios em zonas rurais no Verão. Em 2017, depois dos incêndios em Junho no Pedrógão Grande, houve mais 440 incêndios e 50 vítimas em Outubro. Em 2018, voltámos a ser o país da UE com mais área ardida. Entre 2019 e 2021 houve uma ligeira trégua, mas em Julho de 2022 tivemos grandes incêndios nas zonas Centro e Sul. Depois, 2023 tornou-se o primeiro ano de sempre sem vítimas mortais, mas rapidamente regredimos. Acho que todos nos lembramos dos incêndios do ano passado, com dias em dias em que o Sol ficou coberto por fumo e poeiras. 


Então, o que podemos fazer para reduzir o risco de incêndio em zonas rurais?





Recomendações para os proprietários reduzirem o risco de incêndio


Antes de mais, precisamos de ter consciência que os métodos de prevenção de incêndios só funcionam se forem respeitados por todos. De nada serve limpar o seu terreno se o do vizinho está cheio de giestas. Os corredores anti-incêndio, as espécies que plantamos, tudo isso deveria obedecer a um plano conjunto. 


No entanto, em Portugal apenas a limpeza dos terrenos é obrigatória para todos os proprietários. O prazo legal é 31 de Maio (portanto, já passou) e a limpeza rege-se por uma série de regras:  as copas das árvores devem estar a 4 metros umas das outras ou a 10, no caso dos pinheiros e eucaliptos; os arbustos não devem ultrapassar os 50 cm de altura e as herbáceas não podem ter mais de 20 cm.


Evitar usar máquinas em dias de muito calor


No entanto, há mais coisas que podemos fazer para evitar a propagação de incêndios. A primeira é, desde logo, evitar queimadas nos dias com condições meteorológicas adversas. Ao contrário do que as pessoas pensam, não apenas a temperatura que importa. A humidade relativa baixa, especialmente quando se prolonga durante vários dias, é um factor decisivo. Também o vento e a direcção da brisa. 


Além das queimadas, é preciso ter cuidado ao ligar equipamento agrícola. O uso de moto-roçadoras, corta-matos e grades de discos pode gerar uma faísca e, se o tempo estiver de feição, é o suficiente para despoletar um fogo. Fazer puxadas de electricidade ou até mesmo ao usar geradores também é arriscado, por isso tenha cautela.


Esforços ao nível local


Os peritos em prevenção de incêndios recomendam preparar faixas e mosaicos de gestão de combustível (ou seja, faixas de corte de incêndio), assim como uma rede de pontos de água distribuídos estrategicamente. Embora não haja um plano nacional, é possível fazer pequenas iniciativas a nível local. Procure falar com os proprietários dos terrenos à volta do seu para criar essas áreas anti-incêndio. 


Outra questão importante que também pode agilizar a nível local é mapear as fontes de água. Saber onde há poços e fontes de água pode ser determinante para apagar o fogo assim que surge. Por isso, em zonas rurais, nada como falar com os vizinhos e com a junta de freguesia para traçar um plano.


Plantar espécies mais resistentes ao fogo


O pinheiro e o eucalipto são espécies que facilitam a propagação do fogo. No entanto, como crescem rápido e são madeiras fáceis de vender, é muito tentador continuar a plantar estas espécies. Mas, se não está a pensar exclusivamente a curto prazo, recomendamos plantar espécies autóctones que são mais resistentes ao fogo, como os sobreiros, os carvalhos, o medronheiro, o castanheiro e as azinheiras.


No caso das regiões autónomas, as plantas típicas da floresta de Laurissilva (o til, o zimbreiro, o loureiro, o barbusano, o vinhático, a faia e o samouco) e algumas espécies tropicais, como as árvores de anona, oferecem mais resistência do que o eucalipto e as espécies invasoras.  


Dito isto, recordo uma vez que a limpeza de terrenos é obrigatória. A limpeza de terrenos é a primeira linha de combate para evitar que haja acumulação de combustível nas zonas rurais. Embora o custo da limpeza de terrenos seja cada vez mais alto, o resultado não tem preço. 



sexta-feira, 23 de maio de 2025

Personal trainer ou ginásio? O que compensa mais?

Tomar a decisão de começar a treinar é o primeiro passo. O segundo, muitas vezes o mais complicado, é perceber onde e como. Inscrever-se num ginásio ou contratar um personal trainer são duas opções válidas, mas bastante diferentes. Neste artigo, vamos analisar os prós e contras de treinar com um personal trainer ou num ginásio.





Qual é o seu objectivo?

Antes de mais, é importante saber quais são os seus objectivos. Quer perder peso, ganhar massa muscular ou melhorar a saúde em geral? O objectivo influencia bastante o tipo de acompanhamento de que precisa. Se tem um objectivo muito específico, um prazo curto de tempo ou alguma condição que limita a sua actividade física, a escolha certa é procurar um personal trainer. Pelo contrário, se só quer combater o sedentarismo e manter-se activo, um ginásio cumpre perfeitamente esse propósito. 


Que tipo de exercícios prefere? 

Treinar num ginásio oferece variedade. Tem acesso a diversas máquinas de cardio e pesos livres, por exemplo. Muitos ginásios também têm aulas de grupo, por isso pode experimentar várias modalidades. E, no caso dos ginásios mais sofisticados, ganha acesso a piscina, sauna, banho turco e a outras comodidades que nenhum personal trainer em Lisboa pode proporcionar.

Se a sua ideia é ganhar músculo, por exemplo, essas comodidades não são um fator decisivo. Um personal trainer, com um treino individualizado, ajuda-o a conseguir resultados mais rápidos. Por outro lado, se não gosta muito de fazer exercício e está a fazer uma alteração de estilo de vida, é bom ter a oportunidade para experimentar diferentes estilos num ginásio. 

Mas atenção, porque muitos ginásios disponibilizam uma avaliação inicial com um plano básico e alguns também têm personal trainers. No entanto, geralmente, o acompanhamento nos ginásios é mais limitado e pouco personalizado, porque há várias pessoas a treinar ao mesmo tempo. Por isso, a nível de preço, pagar a um personal trainer do ginásio pode não ser a opção que faz mais sentido. 


Tem pressa para conseguir resultados?

Um personal trainer oferece algo que o ginásio, por si só, não consegue: atenção personalizada. Avalia a sua condição física, cria um plano adaptado aos seus objectivos, corrige a técnica em tempo real e ajusta o treino sempre que necessário. É como ter um professor particular que sabe exactamente o que precisa de fazer para evoluir. Por isso, os resultados tendem a surgir mais rápido. 


Consegue manter o foco e a disciplina? 

Para quem tem dificuldade em manter a motivação, o acompanhamento do personal trainer também é crucial. É muito mais constrangedor  faltar ao treino quando alguém está à sua espera. Pelo contrário, os ginásios têm uma grande taxa de desistências – por isso é que a maioria dos ginásios têm períodos de fidelização tão prolongados, e muitas vezes até têm contratos abusivos. 


Valoriza o tempo e a flexibilidade?

O ginásio oferece flexibilidade total de horários. Pode treinar de manhã cedo, à hora de almoço ou depois do trabalho, conforme lhe der mais jeito.  Já com um personal trainer, é necessário combinar previamente os treinos, o que exige alguma organização. No entanto, como dissemos, essa estrutura pode ser uma vantagem para quem precisa de disciplina. Quando há um compromisso, é mais difícil inventar desculpas.


Tem medo de lesões? Precisa de cuidados especiais?


Outra questão que vale a pena mencionar é a ocorrência de lesões. Quando treina sem supervisão num ginásio, é fácil cometer erros. Ao fazer o exercício com a postura incorrecta, aumenta a probabilidade de ter lesões complicadas. Por outro lado, com um personal trainer há sempre alguém a vigiar (a menos que escolha um personal trainer online ou siga um plano pré-gravado), o que diminui a probabilidade de ter lesões.


É por isso que, no caso de ter alguma limitação física, recomendo sempre escolher um personal trainer. Se fez alguma cirurgia, se tem alguma dificuldade de mobilidade, se teve um AVC ou até mesmo se fez uma cesariana, é melhor não arriscar e procurar um acompanhamento individualizado com um personal trainer.


Valoriza o tempo e a flexibilidade?

O ginásio oferece flexibilidade total de horários. Pode treinar de manhã cedo, à hora de almoço ou depois do trabalho, sem depender de ninguém. Isto é ideal para quem tem rotinas imprevisíveis ou horários complicados.

Já com um personal trainer, é necessário combinar previamente os treinos, o que exige alguma organização. No entanto, essa estrutura pode ser uma vantagem para quem precisa de disciplina. Quando há compromisso marcado, é mais difícil inventar desculpas.


Qual é o seu orçamento?

Para muitas pessoas, o factor económico decisivo para decidir o que compensa mais: personal trainer ou ginásio. Há ginásios low-cost que oferecem mensalidades entre os 20€ e os 40€. Por outro lado, personal trainer pode cobrar entre 20€ e 50€ por sessão. No entanto, isto são apenas balizas. Aconselho sempre a ver o preço de personal trainers em Lisboa online e comparar preços, porque variam bastante. 

Mas aqui entra a velha questão do custo versus valor. Está a pagar mais, sim, mas por um serviço mais completo. Por isso, o preço de um personal trainer compensa se precisa de um acompanhamento individual, se tem objectivos a curto prazo e se, no passado, já desistiu várias vezes de ir ao ginásio.